Sobre a Igreja...
10 abril 2008
Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal. (da Doce Revolução do Evangelho)
A IGREJA QUE DEIXA OS MUNDOS ATURDIDOS!
Resumo da mensagem de ontem em Campinas, na Caminhada Paulista
Leitura recomendada: a carta de Paulo aos Efésios.
Para Paulo a Igreja — conforme ele a define em suas cartas — era a plenitude Daquele que a tudo enche em toda a existência.
Ora, como pode ser que na Igreja habite a plenitude de Deus se ela é feia aos nossos olhos?
Talvez seja porque o que Paulo chama Igreja seja a comunidade ideal apenas visível aos olhos de Deus, até porque somente Ele sabe quem faz parte da Igreja de Deus.
O apostolo, entretanto, cria que é pela multiforme experiência da Graça de Deus que aquilo que é Igreja para Deus e anjos, se manifesta gerando perplexidade nos poderes invisíveis que a observam.
Assim, o principal sinal da Igreja é a manifestação da multiforme Graça de Deus — na forma de amor, perdão, reconciliação, justiça e bondade procedentes da verdade que atua em amor.
Desse modo a Igreja só é Igreja quando nela habita a Graça como verdade seguida em amor!
Paulo também diz que a vivencia dessa Graça entre os homens, põe a Igreja no centro das observações cósmicas. Ou seja: vista, olhada e observada; tornando-se num experimento chocante para anjos e todas as demais criaturas capazes de ver com consciência.
Sim! Para Paulo a verdadeira Igreja é o eixo da manifestação da Graça de Deus no mundo visível, visto que amor em verdade é algo que não nasce por geração espontânea em lugar algum do Universo.
Explosões cósmicas, surgimento de estrelas ou a morte delas, ou mesmo qualquer outro fenômeno universal, não têm nem de longe o significado da experiência do amor entre os homens, ainda que os que assim vivam sejam apenas uma imperceptível minoria aos sentidos estatísticos e de volume de matéria no Cosmos.
É como o diamante: não existe em abundancia na Terra, mas o que existe é mais preciso aos sentidos humanos — pela raridade — do que imensas porções de matéria expressivas apenas pelo seu volume, e não pela sua qualidade.
De fato é chocante quando indivíduos ou grupos humanos vivem em amor criativo e insistente no enfrentamento de tudo aquilo que é anti-amor na existência. Sim! Choca a todos!
A presença do amor — que é a marca do discípulo, conforme Jesus — em qualquer vivencia humana carrega a marca da Graça de Deus.
Ora, essa Igreja que principados e potestades vêem e ficam aturdidos ante a Graça que nela se manifesta como amor, é também vista apenas pelos seres humanos que enxergam o amor manifesto em qualquer lugar ou pessoa.
Ou seja: a Igreja é o ajuntamento espiritual e comunal de indivíduos rendidos ao amor de Deus, o qual só pode ser visto no mundo como obras de Graça, misericórdia e justiça.
Por esta razão Paulo diz que a Igreja é constituída de pessoas para quem todo muro de separação entre os homens foi abolido na Cruz.
Assim, sempre que pessoas ou grupos vivem além das barreiras de separação — sejam elas de qualquer que seja a natureza —, aí sempre haverá Igreja em estado de produção de perplexidade para os principados e potestades invisíveis.
O apostolo escreve essas coisas aos de Éfeso, que foi um dos lugares onde os Principados e Potestades disseram: "Conheço a Jesus e sei quem é Paulo!" — Atos 19.
Desse modo, Paulo cria que o centro das questões cósmicas não tinha em Roma a sua sede naqueles dias, mas sim entre aqueles que viviam de modo à perplexar os observadores invisíveis, os quais apenas se chocam ante a manifestação do amor num mundo gelado pela sua ausência.
Encontrar amor no Cosmos é algo mais chocante do que se achássemos vida no centro do Sol, por exemplo.
E mais: tais manifestações chocantes pela sua raridade não respeitam muros de separação; e não se deixam aprisionar por fronteiras geopolíticas ou religiosas ou culturais; ou por qualquer outra forma de contenção e separação entre os homens.
Assim, o que choca a anjos, demônios e todas as criaturas com poder de observar, é a multiformidade da manifestação criativa do amor num ambiente hostil a ele.
São os Bons Samaritanos da Graça aqueles que chocam a homens e anjos!
Desse modo, a Igreja que deixa aturdidos os príncipes das demais dimensões de existência, é aquela que é constituída pelas dinâmicas da Graça.
Assim, mais uma vez se fica sabendo por que sem amor nada nos aproveita ante Deus e todas as formas de vida.
Pense nisto!
Nele, que nos chama ao existir que no Cosmos não tem paralelo senão na própria manifestação do amor como Graça de Deus vivida e praticada por homens,
Caio
11/04/08
Campinas
São Paulo