Os gemidos da criação. Não dá pra você ouvir?

19 março 2008

O Fado da Criação - Romanos 8

Paulo disse que a natureza geme.

Ninguém duvide disso.

Árvores em cujos caules são postos eletrodos vibram ante a aproximação humana. Quando aquele que se aproxima vem com o intento de ferir—com um machado ou uma serra na mão—, elas vibram com vibração "aflita".

O American Army tem uma pesquisa na qual o sangue humano, mesmo que afastado de seu "dono" por algumas milhas de distância, ainda emite sinais idênticos ao do "doador" caso ele esteja sendo exposto à cenas de televisão e conforme as imagens vistas—se de alegria, dor, euforia, etc...Os sinais registrados como "reação" do doador às imagens que vê, e são idênticas às vibrações de seu sangue, ainda que o sangue esteja totalmente distante do doador, sendo tais oscilações medidas por um outro polígrafo.

Golfinhos da Mauritânia são capazes de responder às batidas que os pecadores dão com tábuas na superfície da água, e empurrarem imensos cardumes de peixes para dentro das redes; eles comem a sobra, que é abundante. Um trabalho de troca e equipe.

Pintalhões das Ilhas Galápagas comem usando pedacinhos de pau que eles usam para puxar seus alimentos de dentro de sua pequeninas tocas-escodereijo.

Chipanzés fazem uma "palito" para arrancar formigas de seus formigueiros. Comem-nas como um humano, lentamente, tirando-as educadamente com os pauzinhos.

Golfinhos são capazes de entender que se colocarem seis objetos num recipiente, por debaixo dele sempre está "programado" para cair um peixe. São até capazes de ser objetivos o suficiente no raciocínio, ao ponto de levarem todos os objetos de uma vez só, a fim de apressarem a recompensa, ao invés de os levar um a um.

Corvos discernem que uma comida pendurada na ponta de uma corda que se balança a cinco metros abaixo do galho, tem que ser "puxada" palmo a palmo, enquanto ele vai encurtando a corda, sempre pisando sobre a porção que puxou, até que a comida lhe chegue à altura do bico.

Lontras adoram ostras, mas para comê-las precisam de uma ferramenta a fim de abri-las. Por isto usam pedras do fundo do mar, que trazem juntamente com a ostra, até a superfície, onde bóiam de costas, põe a pedra deitada sobre a barriga, e quebram as ostras como humanos fariam, apenas para soberear o interior.  

E assim vai...bichos que aprendem...que pesam...que solucionam problemas...que desenvolvem cultura...e que se utilizam de ferramentas...sem falar nos elementos que gritam com vibrações.

Há mais gemido dolorido na criação que a gente imagina.

Há também a psico-esfera, a etino-esfera, a bio-esfera, e a atmosfera. Todas elas são camadas de informações que permanecem em estado cumulativo.

De tempos em tempos derramam-se como "chuva" sobre a terra.

E pra falar a verdade, há muitas outras comunicações e contatos neuro-inconscientes.

Há até uma ético-esfera!

Um dia eu falo mais o que penso sobre isto. Não aqui, ta? Mas num livro!

Só quero ter vida para poder escrever tudo o que sinto, sei e vejo.

Ou seja: há muito mais entre os céus e a terra que supõe a vã teologia, a vã filosofia, a vã biologia, e até mesmo a vã ecologia.

Os profetas da Bíblia sabiam disso.

Fazem toda a criação cantar e gemer.

Falam das rebeliões da natureza.

Especialmente acerca de seu gemido, aguardando o dia da redenção.

Nesse dia a natureza será livre do cativeiro da corrupção; cativeiro esse que se instalou especialmente pela intervenção do homem, que não entendeu que a única coisa que deixou de ser natural na natureza foi o seu próprio olhar, que vê morte, onde antes havia apenas ciclo; vê violência, onde antes só havia continuidade; vê bestialidade, onde antes havia apenas encontro de animais.

Eu nunca vi um golfinho órfão em crise de identidade. Nem um chipanzé magoado com os pais, que se separaram ou que os expulsaram circunstancialmente do bando.

Ou seja: nós é que atribuímos a eles essas penazinhas. Mas isto não faz parte para eles. Eles não acham que o mundo é mal, apesar de toda luta pela sobrevivência. 

O que dá pena neles é que a classificação original feita por Adão, antes da queda, era natural; mas depois da queda essa "classificação" sujeitou os bichinhos às vaidades da gente—que vão desde vaidades estéticas à designação deles como feios, nojentos, asquerosos, e até mesmo satânicos.

Os bichos olham tristes e dizem:

A feiúra está no olhar de vocês.

A gente não está se comendo.

A gente só está se alimentando.

Vocês é que são os predadores da Terra.

Com a gente a terra, o mar e as fontes das águas são muito mais felizes.

Isso tudo só pode ser fruto da vaidade de você!

Uma planta respondeu por todos.

Era uma Árvore cheia de conhecimentos de bem e de mal.

Falou em nome de toda a criação e disse ao homem:

Nunca me acuse, eu faço foto síntese: eu só como luz. O mal é um fruto do seu olhar!

Oséias, o patrono dos animais no Velho Testamento, diz no capítulo 4 e 6 de sua profecia, que o homem é aquele que cria toda a desordem no eco-sistema. Por uma única razão: nós somos parte dele. Aliás, a parte maldosa e vaidosa!

Enquanto e gente nem sabe os rouxinóis gurjeiam: Maranata. Vem Senhor de Todos nós!

Caio

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