Ambientofetas
19 março 2008
Nem é mais preciso citar a Bíblia para profetizar. A natureza e a Terra são os profetas deste tempo. As pedras, os mares, os rios, os recifes, os corais, os pólos globais, as florestas, os calores, os gases, e todos os gemidos da criação profetizam a quem quiser ainda ouvir.
Um grau a mais no aquecimento global e os campos da América secarão.
Um grau a mais e os Estados Unidos se desertificam, enquanto a Inglaterra se torna fértil.
Hoje. Já. Agora mesmo.
A Groenlândia está secando e se tornará um campo de pedras e terra seca.
Dois graus a mais e a Amazônia se torna um deserto, todas as cidades costeiras serão afundadas e centenas de ilhas desaparecerão. New York ficará debaixo d'água. A Flórida desaparecerá sob o mar e o Egito será inundado. O Rio Ganges estará quase seco e virá a secar com apenas mais dois graus de aumento da temperatura global. Todos os grandes rios do mundo ou secarão ou desapareceram sob águas imensas. A China terá frio e seco. Seus campos não a sustentarão. A vida no Japão ficará quase impossível.
Com três graus de aumento global da temperatura nós estaremos vivendo em tempos pós-civilizatórios. A humanidade já não suportará o conceito de fronteira. Milhões e milhões mudarão de lugar em lugar buscando sobrevivência. Os mares estarão morrendo. A vida submarina estará em franca extinção.
Com quatro graus de calor global já não é possível imaginar o nível de calamidade no meio ambiente e nas vidas das pessoas.
Cinco graus... Vale a pena?
Se chegarmos ao nível de seis graus de aquecimento global, o que se terá na Terra já não terá qualquer relação com o que um dia teria sido vida — mesmo no pior dia do mundo em qualquer passado.
Quem diz isso são os ambientalistas, e não um profeta apocalíptico.
Os interessados procurem no site do National Geographic Channel o documentário S.O.S. Aquecimento Global, exibido hoje, dia 14 de março de 2008, no Natgeo.
Somente um milagre de consciência humana simultânea e angustiadamente eficaz nas decisões em busca de minguadas soluções poderiam ainda nos salvar de tal futuro de gelo, calor, deserto, enchentes, fome, e retorno à idade das pedradas, conforme também profetizou Einstein.
Caio