| Caminho da Graça - textos diversos
10 setembro 2007
ASSIM NO CAMINHO COMO TAMBÉM NO CORPO DE CRISTO Caio Marcelo Quintela - Supervisor Executivo do Movimento "Caminho da Graça" Comunicação direta: marceloquintela@uol.com.br CAMINHO DA GRAÇA: UMA INSTITUIÇÃO? CRENTES E NÃO-CRENTES NO CAMINHO DA GRAÇA Marcelo Quintela - Supervisor Executivo do Movimento "Caminho da Graça" Comunicação direta: marceloquintela@uol.com.br NÃO VENHA PRO CAMINHO COM ESPÍRITO DE FARISEU: filho de zeus! Há muita "igreja Evangélica" disponível e para todos os gostos; exceto para quem tem bom gosto e deseja sentir o simples gosto do Evangelho. Portanto, fica aqui um pedido: quem for ou tiver sido "evangélico", ou tiver tido "trauma evangélico" e tenha ficado amargurado, crítico, desconfiado, e cínico, não procure o "Caminho da Graça"; pois, não temos tempo a perder com gente que deseja "Reformar o Sinédrio Evangélico" e pensa que esta é nossa intenção; e não é. "Reformar o Sinédrio Evangélico" é sonho de fariseu; sonho esse que Jesus nunca sonhou; por isto mesmo nada fez a respeito! Tenho dito que é mais fácil haver uma "reforma na igreja católica", em razão de sua centralização e identificabilidade histórica, do que entre os "amorfos-evangélicos", que são como uma Hídra de muitas cabeças-loucas; e que sofrem da Síndrome de Babel: não falam em "outras línguas as grandezas de Deus" (Pentecoste), mas sim "suas próprias linguas"; e é apenas para expressar seu descontentamento essencial com a vida e com tudo. Esses falam a "língua" que Tiago disse que está "inflamada pelo inferno" e que tem o poder de "destruir toda a carreira de um ser humano"; sem falar que de tais "línguas ambíguas", tanto jorra o que é "doce" (como média; na minha presença), como também o que é "amargoso" (sempre na minha ausência). Por esta razão, a esses eu digo: "Amigos! Obrigado pela sua ajuda, mas eu passo..." Além disso, quando iniciei com alguns amigos o "Caminho da Graça", não foi como "alternativa" aos "evangélicos". Na realidade não foi e não é. Jamais faria ou começaria algo "alternativo". Não conheço "Evangelho Alternativo", mas tão somente o Evangelho Único e Absoluto. "Evangelho Alternativo" é o que Paulo chama de "outro evangelho". Nesse caso, é o "evangelho-evangélico" aquilo que, hereticamente, se tornou "alternativo" ao Evangelho Único e Absoluto. De fato, toda vez que aparece um "evangélico" magoado no "Caminho da Graça", me dá calafrios; pois sei que é problema sempre. Sim, porque para eles somos de-mais ou de-menos. O fato é que gostariam que fôssemos um híbrido conforme os desejos deles. Porém, não somos e nem seremos. O fato é que não tenho barganhas a fazer com os "evangélicos". Assim, peço: desistam de mim; pois não tenho como fazer mais parte desse "negócio". Portanto, quem não crê conforme tenho deixado claro que cremos, não venha (é simples assim...); pois não há como tal pessoa possa nos ajudar e nem nós a ela; visto que ela mesma não se ajuda; e chega viciada naquilo que entre nós já está morto e sepultado em Cristo. Nós, todavia, queremos viver daquilo que carrega o espírito da Ressurreição! Assim, não temos nada a fazer com o fermento dos fariseus (religião das máscaras) e nem com o de Herodes (política e manipulação)! E mais: Me sinto ridículo se tiver que convencer "evangelicos" acerca do Evangelho depois de haver pregado a eles por décadas! O que eu tinha a dizer aos "evangélicos", eu sei que já disse! O "Caminho da Graça" é para gente do Caminho de Jesus e que está buscando de modo social e comunitário aquilo que já crê de modo individual e existencial. Desse modo, o "Caminho da Graça" não é para gente que precisa ser "convencida" de que lá-aqui é o seu lugar-andante... Isto porque há aqueles que chegam por razões as mais diversas, e nem sempre sadias ou sinceras. Alguns vêm porque têm no espírito a necessidade de somente ficarem se forem "convencidos" (Alguém viu Jesus tentando convencer quem quer que fosse a andar com Ele?). Outros aparecem porque gostam de provocar discussões e debates que para "os do Caminho" já não existem. Há também os não têm o que fazer... e gostam de uma novidade e de um novo programa religioso. Sem falar nos que chegam porque desejam "reformar" o "Caminho da Graça" a fim de que ele fique no limbo: entre os "evangélicos" e o Evangelho... Ou seja: sem consequências para a vida! São estas as razões pelas quais eu peço para lerem o site; pois o que cremos está lá explicitado com a clareza da luz! Portanto, quem desejar se unir a uma Estação do "Caminho da Graça", ou deve chegar lá já bem instruído pela leitura do site, no qual somente um demente não vê que todo o conteúdo é o espírito do Evangelho (até os que não gostam de mim confessam isto!) —; ou, então, deve ser alguém que já não tem dúvidas do que quer, no caso de ter sido "evangélico"; e isto por já ter a Palavra em-si-mesmo; e não apenas porque cultue um livro chamado Bíblia, porém sem nada ter discernido da Palavra. Afinal, a própria Bíblia não é argumento de união no Caminho, pois seu único vínculo e vinculador é Jesus e Seu Evangelho. Se a "Bíblia" unisse alguém, os "evangélicos", pelo seu culto ao Livro, seriam as pessoas mais unidas da Terra. A Bíblia, porém, sem Jesus, é apenas o Livro das Divisões. Sim, sem que Jesus seja a "chave hermenêutica" para a compreensão do Evangelho, a Bíblia serve apenas para criar mais e mais seitas supostamente fiéis a ela. Por isto, digo: ... é melhor não chegarem...; sim, é melhor ficarem onde estão; pois, de fato, não temos tempo a perder fazendo "proselitismo" de crentes-fariseus que nem crêem; e que também nem querem simplismente ouvir, discernir e entender; primeiro para si mesmos, para que a Boa Nova lhes faça bem à vida; e somente depois para os que deles vierem a ouvir qualquer coisa. Na realidade, as pessoas que mais têm o poder de problematizar a jornada simples do "Caminho da Graça" são os judaizantes-evangélicos; ou mesmo aqueles que aprendem, aprendem, mas jamais chegam ao conhecimento da verdade; posto que estão viciados em discussões infrutíferas e que a nada levam! Também quero dizer que o "Caminho da Graça" não é lugar para quem busca "moda". Não! Ele é apenas um caminho-modo-de-ser, e isto conforme o Evangelho puro e simples. "Moda" é coisa de "evangélico"; os quais, à semelhança dos atenienses, de nada mais cuidam senão de "saber das últimas novidades". No caso, das últimas "apostoladas evangélicas". Lá não tem nada disso. O "Caminho da Graça" não tem nada novo, mas tão somente o antigo-novo mandamento ensinado por Jesus. Aqui quero dar uma ilustração de como "modismos evangélicos" podem ser perniciosos; e, em tal caso, nem sempre a culpa é dos pastores; mas sim de um povo "sem pastor" e que se acostumou a viver como borboletas que não sugam nectar, mas tão somente críticas e amarguras. Tomemos a cidade de São Paulo como exemplo desse afã modista-evangélico. Logo após de ter crido em Jesus, uns quatro anos depois disso, a "igreja da moda" em Sampa era a do Tio Cássio. Depois veio a "Comunidade da Graça". Depois veio a "Batista do Morumbi". Depois veio a Adohnep. Depois a Renascer. Depois pequenas "universais-renascer". Depois o "Conselho de Pastores". Depois vieram a "Batista da Água Branca" e a "Betesda". E assim vai... Ora, com excessão da Renascer e seus filhotes-anões-clonados (afinal o "apóstolo" me disse, em 92, que estava abrindo uma franquia como a do Mac'Donalds, onde até a "batatinha" tem que ter o mesmo corte...) —; os demais líderes dos grupos acima mencionados, nada fizeram para buscar "ser a igreja da moda"; tendo apenas sido objeto da curiosidade evangélica em geral; e que em São Paulo tem essa característica exacerbada. E fico vendo o pessoal ir e vir... se embalando na falta de raiz e de convicção. Esse povo borboleteante não faz bem ao Caminho, pois nunca caminham, andando sempre em círculos. São como os Israelitas no deserto. Sim, pode-se ficar anos sem vê-los, mas sempre se os encontrará do mesmo modo: parados e adoecidos; sofrendo das mesmas questões; e, para as quais, não buscam soluções, mas apenas irresoluções; posto que vivem delas. Para esses, se se lhes oferece algo simples, lhes parece tão inacreditável que eles têm que já chegar duvidando. Há outros, entretanto, que são viciados em novidades e estão sempre procurando um marketing novo de apresentações religiosas; seja para dizer que conhecem; seja apenas para distrairem-se com a novidade... Sem falar nos que desejam "aprender modos" a fim de ver se cola em algum lugar... Para esses tais é como ser introduzido a um "novo produto" a ser "vendido"... ou irresponsavelmente usado. Assim, fica aqui meu apelo: Se você não for já discípulo da consciência do Evangelho não procure o "Caminho da Graça". Sim, porque lá não é, ainda, o seu lugar-andante. Além disso, se você é apenas um amargurado evangélico, e que deixou sua "igreja" por desapontamentos pessoais, também não venha. Sim, porque você apenas trará a energia de seus desgostos; e isto não fomenta comunhão, mas apenas questões infrutíferas. O site não é o Evangelho do "Caminho da Graça". O Evangelho é Jesus. Todavia, se alguém quer estar sob meu pastoreio aqui na Terra, então, saiba: o site www.caiofabio.com é conforme nosso entendimento explicitado acerca do conteúdo do Evangelho; visto que apesar do site não ser um livro de papel e nem ser a "nossa Bíblia", o que lá está dito é o Evangelho. Todavia, se para você não é assim; ou se você está indo por mera curiosidade; não vá e não venha; posto que a jornada que fazemos é baseada no Evangelho e no que tenho deixado claro acerca de minhas convicções acerca dele. É conforme o Evangelho que o "Caminho da Graça" está caminhando feliz e em paz! Nosso público são aqueles que, pela leitura do site, se identificaram com o que ensinamos acerca de Jesus; ou então é para aqueles que já se cansaram de tanta tolice religiosa que, pela compreensão do Evangelho, querem viver a simplicidade de algo que apenas deseja ser lugar-caminho de fomento da Palavra. Ou ainda é para aqueles que nada sabem de coisa alguma, mas que anseiam pelo Evangelho. Esses últimos são ideais, pois chegam apenas para crescer na Graça; e sem os vícios de doenças de "crentes amargos". Afinal, para meu entendimento do Evangelho, a mentalidade do Evangelho é pura clonagem do espírito dos fariseus! Digo isto porque, de súbito, tem um monte de gente desejando se uinir ao "Caminho da Graça". Mas que ainda não compreendeu nada de nada. Ora, como nossa questão nada tem a ver com números, mas com consciência e compreensão, peço encarecidamente a tais pessoas de espírito religioso que não procurem o "Caminho da Graça"; posto que lá-aqui-em-qualquer-lugar-andante... ainda não é o seu lugar de ser-estar-caminhando. Buscamos os publicanos e os pecadores; e com eles comemos e bebemos com alegria; e é também a eles que anunciamos as Boas Novas; visto não sofrerem da "Síndrome de Nazaré", que é aquela feita da incredulidade dos que dizem: "Isso já sabemos!" O tempo urge, pelo menos para mim e para aqueles que, como eu, já não têm tempo a perder com aquilo que já está morto! Aos que têm vocação para carpideiros de defuntos; ou que amam um velório; ou ainda que choram a morte dos que já morreram... e desejam sepultá-los; digo: "Ou deixem que os mortos sepultem seus próprios mortos...; ou, então, fiquem para sepultá-los; mas não me convidem para sepultar mortos-com-mortos; pois, para mim, não há mais tempo senão para pregar o reino de Deus". Além disso, não me convidem também para entreter o Baile de Máscaras dos fariseus! Repito: Me sinto ridículo se tiver que convencer "evangelicos" acerca do Evangelho depois de haver pregado a eles por décadas! Fui para aqueles que os "judeus-evangélicos" chamam de "gentios". Só tenho energia para esses. Aos demais... se entenderam... apareçam. Do contrário, leia a Palavra e a confira com o o que está dito no site, e, em havendo acordo, venha. Do contrário, não venha tentar mudar aquilo que está mudando, pela verdade, o coração de milhares. "Quem beijar, beijou; quem não beijar", no que diz respeito ao meu tempo, "não beija mais!" O Caminho é Estreito; e no "Caminho da Graça" amamos essa estreiteza. Sim, porque nele e por causa dele, não se entra a menos que se tenha deixado a bagagem toda para trás: toda justiça-própria; toda a malícia religiosa; todo espírito de fofoca; e toda certeza de juízo contra o próximo. Também para trás ficam todas certezas farisaicas; pois, no Caminho, só se anda pela fé; e com muitas ações de Graças. E mais: não estou convidando ninguém a fazer isto, mas apenas dizendo "Vem e vê" àqueles que já querem e desejam o que no Caminho de Jesus há em abundância, e no "Caminho da Graça" há como esperança: a possibilidade de uma vida em amor reverente para com o próximo em razão do entendimento da Graça nos haver simplificado a vida com Deus. O pessoal do "ôba-ôba" (e que foram expostos à Palavra a vida toda) ou pessoal do "blá-blá-blá" (que não têm raizes de vida na Palavra )— nada encontrarão no "Caminho da Graça"; pois, somos alegres, mas terrivelmente sérios com o que estamos fazendo. Como tenho dito, enquanto estiver aqui, e enquanto Deus me der saúde, não haverá meninos brincalhões no "Caminho da Graça". Para esses sugiro que comecem a "Vereda Lisa da Graxa!" E aqui estou eu: entre os "judaizantes-evangélicos" e os discípulos do "novo Jesus gnóstico". Para mim, ambos os grupos ou se convertem ou jamais entenderão o Evangelho da Graça; o qual não é compreendido com a mente, mas tão somente com o coração e pela via da experiência-existencial com Jesus, o qual é o Evangelho. Asssim, quem quiser fazer seu próprio caminho, faça-o; mas não tente criar um estelionato do "Caminho da Graça"; pois, enquanto eu estiver vivo, não será possível, visto que não estou aberto para alterações, pelo simples fato de que o Evangelho é o que é. Assim, levante-se quem quer que seja e onde desejar (... irei... ), e me diga, olhando na minha cara, que o que digo não é o Evangelho. Mas tem de ser cara-a-cara, como Paulo fez com Pedro na Galácia. E como anseio que tenham tal coragem! Infelizmente, todavia, não a têm! Enquanto isto os publicanos e pecadores estão vindo e se convertendo, e a salvação tem entrado em suas casas; mesmo no lar dos Zaqueus de Brasília. Esses amam o que ouvem; e o fazem com sede e avidez. Os fariseus, todavia, zangam-se; ou, então, dissimulam-se, como costumam fazer. Porém, não conseguem esconder quem são; pois, como disse Paulo, as suas obras se tornam manifestas. Portanto, aqui fica meu pedido: quem for de outro espírito, não venha; pois, de fato, o tempo da brincadeira, se houve algum dia, acabou para sempre. Nele, em Quem não havia brincadeira, mas apenas decisões de vida ou morte, Caio CREIO QUE VEM CHUVA DE VIDA POR AÍ TÔ FALANDO SÉRIO SOBRE COISAS MUITO IMPORTANTES
Amigo amado, Marcelo Quintela: companheiro, filho e irmão — coisas e relações só possíveis Naquele que disse: "Eis o teu filho...; eis a tua mãe": Graça e Paz!
Meu querido cooperador no reino e na esperança de um tempo novo,
Nos últimos meses venho pensando muito na jornada que estamos fazendo com "os do Caminho". Minha convicção é que chegou a hora para que, sem os traumas das organizações e instituições, finquemos o pé no chão firme da organicidade funcional como um corpo; e, portanto, como o Corpo.
Assim, sem traumas, mas livres na Graça e na fé que atua pelo amor (e que se expressa como liberdade reverente, e reverencia liberta para com todos os irmãos), conforme o dom, o chamado, e, sobretudo, de acordo com o que o Espírito estabeleceu como fatos históricos de nossa jornada — como Mentor do Caminho, conforme a iniciativa do Espírito —, tenho decido em oração e meditação, o seguinte:
1. Cada Estação é independente na sua auto-gestão, mas cada localidade, além da diretoria estatutária da sociedade "Caminho da Graça", deve também ter com Conselho Ministerial formado de membros de duas instâncias: os que compõe a diretoria estatutária e os membros ativos dos dons ministeriais; sendo que a soma total desse Conselho Ministerial, não deve ultrapassar o número de 12 indivíduos, homens e mulheres, a fim de que possa ser algo fincado e sem dispersividade.
2. Todas as coisas relacionadas a compras ou alugueis, podem e devem ser decididas por esse Conselho, usando-se o seguinte critério: consenso imediato; ou, não havendo tal consenso, todas as dúvidas devem ser enviadas a mim, com cópia para você, pelo Mentor local da Estação; pois, na sabedoria do Evangelho, exercerei o discernimento, em tais casos, em nome do todo. Nesse caso, as dúvidas devem ser colocadas em e-mail, sendo que a redação de tal texto, deve ser escrito com a anuência de todos os membros do Conselho, a fim de que não proceda apenas de um e ou de uma só interpretação.
3. Somos uma Fraternidade de Estações; porém, o nome que se carrega na designação "Caminho da Graça", remete a todos para a minha pessoa; daí eu não poder ficar nem desinformado e muito menos seqüestrado por eventuais equívocos locais. Isto porque os acertos locais serão sempre locais; porém os equívocos serão sempre projetados em mim. E disso não tenho nenhuma dúvida depois de tanto caminhar...
4. Buscaremos dividir o país em regiões, de tal modo que, à medida em que as Estações aumentem em número e em regionalidade, ou mesmo em internacionalidade, tenhamos supervisores executivos que ajudem a olhar, guiar e manter a harmonia de tudo com o espírito que originou a visão da jornada que estamos juntos fazendo.
5. Gostaria que nos próximos dois anos, caso você possa e aceita, você mesmo fique como Supervisor Executivo de todas as Estações que forem surgindo. Daqui a dois anos veremos se a tarefa continuará a ser possível para você sozinho; pois, caso não seja, dividiremos em grupos de supervisores que se reportem a você, e você a mim. Para tanto, é sadio que cada Estação separe 5% dos recursos locais, tão logo as prioridades locais sejam atendidas (aluguel, som, banda larga para a vídeo conferência, e eventuais ajudas financeiras para os que se dedicarem integralmente à Palavra, caso necessitem), a fim de que possamos financiar as viagens e outras iniciativas de supervisão.
6. É meu desejo unificar a visão e a mensagem do Caminho. Portanto, além do "Sem Barganhas com Deus" (que é o nosso livro texto acerca da visão-de-conteúdo), temos que estimular a todos "os do Caminho" a lerem e divulguem o booklet "O Caminho da Graça Para Todos", bem como a leitura diária do site. Além disso, gostaria que cada Estação contribuísse com 5% para um fundo de Divulgação da Palavra; o qual será gerido aqui em Brasília pelo Conselho local da Estação 1. Assim, poderemos ter o programa de televisão do Caminho posto em rede nacional, pois será a partir dele que divulgaremos a Palavra e também as atividades de todas as Estações, conforme a "sabedoria dos filhos das trevas", que tão bem fazem isto (você sabe a quem e a quê me refiro).
7. Cada Estação tem liberdade de se adequar às necessidades locais de natureza circunstancial. Porém, no que tange ao espírito das reuniões, quero que em cada lugar, quem quer que chegue, encontre as mesmas posturas espirituais praticadas por mim aqui na Estação 1. Desse modo, é fundamental que todos "os do Caminho" leiam o site se possível todos os dias, e nele se aprofundem; bem como é fundamental que ouçam (ainda que de modo gravado) as mensagens que são pregadas aos domingos aqui em Brasília e que são transmitidas ao vivo pela Radio do site; e ainda que cada grupo se prepare para receber a vídeo Conferência que acontecerá provavelmente todas as quartas-feiras, e que serão transmitidas diretamente aqui de minha casa em Brasília. Com isto, nem de longe, estou sugerindo que se "repita" o que foi pregado por mim (a menos que o Mentor Local sinta tal desejo no coração), e nem tampouco que se crie qualquer espírito de clonagem, o qual minha alma aborrece, posto que desconstrói o processo de individuação de cada Mentor Local. Porém, é necessário que assim seja apenas porque, enquanto eu viver, tenho de Deus está incumbência no que tange a manutenção do espírito do Evangelho, conforme sei que me foi dado discernir no curso de muitos anos, e em meio a muitas coisas, especialmente nos sofrimentos.
8. É também fundamental que a cada novo Encontro de Estações, mesmo as que sejam criadas regionalmente, havendo meios, que cada Mentor das outras Estações tente estar presente, a fim de que haja comunhão e unidade. Podendo ter suas passagens financiadas pelo grupo local (ou pela própria pessoa, no caso dela ter tal autonomia financeira).
9. É também de capital importância que desenvolvamos o site "Caminho da Graça Para Todos", o qual estará dentro do site www.caiofabio.com No meu site haverá "os conteúdos do Caminho"; e no site do Caminho teremos as informações de todas as Estações, bem como espaço para que os Mentores Locais postem mensagens e informativos semanalmente. Portanto, peço a você que faça um apelo em meu nome a todo e qualquer caminhante com especialidade em tal tecnologia, no sentido de que tenhamos com urgência o site do Caminho no ar.
10. Gostaria também que estabelecêssemos que cada Estação seja um lugar de venda e distribuição de livros, DVDs e CDs do Caminho. Assim, não apenas espalharemos a mensagem pelas localidades, como também poderemos deixar um percentual das vendas para a Estação local, a fim de ajudar no financiamento de todas despesas concernentes a cada grupo e suas atividades.
11. A filosofia espiritual das "Contribuições Financeiras no Caminho" está baseada num livro meu intitulado "Uma Graça Que Poucos Desejam", que em breve estará transcrito e disponível no site para download, sendo o mesmo um estudo do pensamento neotestamentário acerca do assunto.
12. Quanto ao mais, nossa ênfase é que cada um "dos do Caminho" passe a ler o NT a partir de Jesus, conforme está posto no site, no "Sem Barganhas com Deus" e no "O Caminho da Graça Para Todos".
13. Além disso, o Caminho, em suas reuniões, não é apenas um lugar de ensino verbal, mas também de orações por doentes e aflitos em todos os encontros semanais.
14. Também é fundamental que não nos esqueçamos dos mais pobres entre nós e em qualquer lugar. Por isto, estimule a todos "os do Caminho" a levarem sempre alimentos não perecíveis para cada encontro, ou uma vez ao mês, a fim de que se tenha como socorrer aos necessitados.
15. Por último, devemos estimular a cada Mentor de Estação do Caminho a não ser "um gargalo". Por essa razão, todo Mentor deve ser um "explorador de tesouros", sempre atento aos dons de cada um, a fim de que todos os dons tenham sua expressão entre nós.
Tudo o que escrevi acima tem exclusivamente a finalidade de dar trilhos mínimos para a jornada, isso a fim de que ninguém desvirtue "o espírito da caminhada". Do contrário, não valerá a pena.
Coisa boa e nova está começando. E nossa responsabilidade diante de Deus é servir a nossa geração, enquanto estivermos aqui, conforme o espírito do Evangelho que nos alcançou por revelação do Espírito.
Receba todo meu amor e gratidão!
Beije por mim a todos os amados em Jesus, o Cordeiro Eterno e nossa Páscoa de Eterna Libertação.
Nele, que nos pôs no Caminho que só é caminho se acontecer no Caminho que é Ele mesmo,
Caio, meu pai na esperança que pousou no coração bem na hora que eu não tinha mais caminho a fazer,
Graça sobre Graça!
Fico impressionado, meu amigo, com os sentimentos que as palavras 'estatuto' e 'instituição' causam nas pessoas com quem tenho tido contato no Caminho pelos caminhos do Brasil.
Alguns já chegam pedindo o estatuto, aí eu me assusto. Ops! Recuo. Não acho que nada natural comece pelo estatuto, muito menos algo que pretende tomar Forma ao sabor do Vento da Essência.
Mas, depois que percebo que alguns já estão precisando manusear dinheiro alheio para se manter existindo como grupo reunido num lugar, então, com simplicidade e senso de ocasião, envio o bendito estatuto. E aí, eles que se assustam: "Como? O "Caminho da Graça"
tem isso? Pronto! Era o que faltava! Virou Instituição! Ai meu Deus! Atolei em outra barca furada!" ·
Desse modo, sei que tem gente que simplesmente quer abrir outra igreja evangélica sob a insígnia do "Caminho da Graça", e nesse caso, já chegam pedindo os papéis. E tem aqueles que, traumatizados pela experiência da Igreja Institucional, se arrepiam só de ler um simples estatuto civil, com medo da coisa toda se perder.
Portanto, pastor, eu pedi para o Valmir, do Caminho em Santos, transcrever umas palavras suas que ele gravou em Janeiro, durante um Café da Manhã que tivemos com os irmãos aqui na cobertura do meu prédio, lembra?
Elas são muito apropriadas para essa hora, e por isso tomo a liberdade de registrar aqui no site a íntegra delas (com sua licença).
Lembro-me de que ainda menino, meu pastor, que é muito querido, me presenteou com a Constituição da IPI do Brasil, num corredor escuro, como quem passa um bastão ou oferece uma arma, afim de que eu soubesse me defender da "presbiterada" que nos encurralava... Olhei para aquele livrinho azul e pensei comigo: Nossa! Que vida 'boa' eu tenho aqui dentro! Antes eu decorava versículos para me defender do diabo, agora decoro artigos para me defender dos irmãos!
Um beijo no ombro, com muita saudade!
Marcelo
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Café com Caio – 26/01/2006
A questão colocada:
"Na opinião dos sociólogos, com o passar do tempo, qualquer movimento acaba se institucionalizando". Então, pergunta-se: "O que acontecerá conosco no "Caminho da Graça"? Iremos passar por um processo de institucionalização, assim como acontece e aconteceu com a igreja?".
Resposta
Inevitavelmente, os homens se instituem. A insegurança humana encontrou na instituição um ente que dá a eles extrema segurança. A garantia de que é uma coisa que o transcende, e o que de mais eterno ele consegue construir no tempo é: a instituição, o estado, o país, a instituição da justiça, do direito, da política. É esse argumento o tempo todo: "o tempo passa e as instituições ficam."
Provavelmente, hoje a instituição mais antiga seja a Igreja Católica Romana, que é com certeza o último remanescente institucional do Império Romano.
O Império Romano teria já acabado de todo, do ponto de vista histórico, se não fora o fato de que a Igreja Católica o mantém vivo.
Ela é romana no direito canônico com o qual decide dogmas, doutrinas, todo herdado do direito romano.
A geografia dela é em Roma; e a constitucionalização dela foi feita pelo imperador romano Constantino, ela mantém todas essas coisas.
Só estou dizendo isso como ilustração de que Roma como o poder político acabou, mas houve uma instituição que o mantém vivo até hoje, com outra cara, com outra fisionomia, mas carregando a mesma história, a constitucionalidade do mesmo processo... A única e a última a representar que esse poder foi se esfacelando desde os primeiros miolos da fé da era cristã.
Respondendo a pergunta: "...tudo se..." institucionalizar.
Dando de exemplo este casal aqui a minha frente, recém-casados.
Hoje eles não estão institucionalizados.
Como eu sei disso? Ora, está na cara dela que ela ainda não é uma esposa. Ela é a sua mulher. Está na cara que ele não é assim, um Senhor Marido. Ele é o teu homem!
Infelizmente os anos podem ir passando, ir passando e você que hoje diz "meu amor" daqui a pouco diz "bem", daqui a um pouco diz: "...ei fulano!", daqui a um pouco o chama de pai, ele a chama de mãe...
Mas, vocês não foram lá ao cartório para institucionalizar esse amor e essa aliança. Se vocês foram num cartório, foi para dar uma garantia legal e social (que hoje a lei já garante pelo mero convívio), mas fizeram isto para ver se instituíam para vocês dois, o que para vocês está instituído com amor, ternura, amizade, razão pela qual vocês se amam. Isso é casamento segundo a sociedade.
Então, paradoxalmente, até essa coisa que é fruto do amor, da paixão, do desejo, do acolhimento, do valor estético, da beleza do outro, das trocas psicológicas, das carências, dos carinhos, dos devaneios de fantasias mútuas, das responsabilidades divididas, do espírito societário, solidário, santamemte bandido que um casal tem de se ajudar mutuamente de verdade, corre o risco de com o passar do tempo se institucionalizar.
Aí o cara era o meu homem, passa a ser o pai dos meus filhos. A mulher que era a minha mulher passa a ser a mãe dos meus filhos. A mulher que eu queria com as minhas vísceras, agora eu quero muito bem, e ainda "a gente tem uma história tão longa e eu o quero tão bem, porque eu me acostumei a ele e ele a mim".
E este é um processo de institucionalização que ninguém elegeu presbíteros na casa de vocês, e nem diáconos, nem bispos e veja como se institucionalizou!
Então institucionalização nunca é um mal das entidades apenas, nunca é apenas aquilo que acontece aos entes inanimados que são donos de logotipos, de registro civil, de estatuto, ou seja, Instituição não pega só neste tipo de coisa, pega em tudo. Porque na coisa em si é que ela não pega.
Porque a instituição só pode acontecer em gente, são as pessoas que projetam o que neles está instituído como algo que a instituição será sempre: A soma dos interesses e das divisões da média ponderada dos associados e dos interessados na manutenção desse ente! Mas ele em si, não é nada.
Ela, a Instituição, não acorda e diz: bom dia, ela não te dá boa noite!
Se o teu pai morrer, a instituição não te diz: sinto muito de todo coração. Se o teu filho nascer, ela não te aplaude. Agora se o teu filho morrer e ela for solidária, não foi ela que foi solidária, é porque tem gente lá dentro que se solidarizou. E ela não existe, só existem pessoas.
Portanto, o primeiro mito a se acabar é essa coisa de que, se tiver CGC, conta bancária, um nome ou logotipo, virou uma instituição.
Um logotipo não vira instituição.
Razão social não vira instituição.
Conta bancária não vira instituição.
Só se torna instituição quando os idiotas que são os membros que compuseram isso aí, se empedram, se engessam e se fazem do seu estatutinho, da sua constituiçãozinha, da historinha daquele comecinho, daqueles fundadorezinhos, uma série de abraõezinhos, de izaquezinhos e jacozinhos, e da história deles uma história sagrada.
É aí que eles se tornam verbos de Deus na instituição: "No princípio era EU, Deus estava comigo, e sem mim nada do que Deus tentou fazer foi feito".
Então este é o processo institucional que só não pega em poste de ferro, que só não dá em muralha de pedra, mas que dá em coração humano.
Enquanto vocês estão falando aqui de que sociólogos dizem, que depois de virar um ET... Parece até que existe uma coisa chamada 'movimento' e parece até que existe uma coisa chamada 'instituição'.
Ambos não existem.
Movimento só existe se eu me movimentar. Se eu não me movimentar nada se movimenta. E vira um movimento coletivo se muitos se movimentarem na mesma direção, do contrário, ela é - na melhor das hipóteses - uma idéia inerte.
Instituição, a gente pode abrir uma firma, com razão social e garantir que ela nunca vai virar uma pedra. Sabe como? Bota ali aquele decreto do reino: "O reino é simples", faz daquilo ali um decreto e não põe gente nenhuma ali dentro. Ninguém aparece, ninguém dá pitaco. Ela fica lá no cartório registrada e vocês vão vir daqui a uns mil anos, não mudou nada. Fica como está decretado, tudo direitinho.
Agora bota gente aí para ver o que acontece! O cara de hoje não é o cara de amanhã...
Por exemplo: Você menina, aqui na minha frente tem que idade? 17? Quando eu tinha 17 anos, eu pensava como quem tem 17. Quando cheguei a 23, pensava como quem tem 23. Quando cheguei a 30, me tornei um ser idoso com 138 anos. Quando cheguei aos 40, estava com uma saudade imensa da minha juventude. E hoje cheguei aos 50 com a certeza que tenho só 51 mesmo.
O que estou querendo dizer é simples: as instituições vão mudando na medida em que o viço dos 17 anos e a paixão podem se transformar subitamente numa fixação mandona, tirânica, de realeza cristã, de "eu estava lá desde o princípio, eu sou a pedra angular, isso foi erguido sobre o fundamento do meu apóstolo e dos nossos profetinhas".
Aí se fizerem de mim, Caio, o evangelho, ferrados estão. Se fizerem do Marcelo, o evangelho, ferrados estão. Se fizerem do melhor momento da Estação daqui de Santos a referência a ser buscada para sempre, danados estão vocês.
Uma piadinha diz o seguinte: quando o Senhor Deus criou todas as coisas, foi tudo lindo e para Deus dizer que está tudo bom é que está um espetáculo, não é? É ele dizendo: Está muito bom, está bom demais, dá até samba... E quando acaba a criação toda, a serpente só estava lá picotando... vendo Deus dizer: Está muito bom, está bom demais. E nem o Senhor resistiu à tentação de ver emitida a opinião de terceiros. E aí chegou para a serpente e perguntou: O que você acha do que eu fiz? E ela falou: Está muito bom, está bom demais. Aí ele disse: É mesmo é? Ela diz: Só está faltando uma coisa. Deus pergunta: O quê? Ela responde: Porque o Senhor não institucionaliza esse negócio inteiro?
Mas, então, veja: a instituição só tem o poder de matar a vida, quando se rendeu à morte fixa e estática do que se está instituindo. Porque se o que está escrito ou instituído é apenas uma referência histórica para o momento de hoje, não é o teto, nem a parede, nem o chão do movimento, é apenas o tabernáculo da viagem, é apenas a tenda que se arma enquanto se caminha, é apenas a estação da jornada, e se cada um de nós souber o único poder de institucionalizar a coisa, é aquele que procede de nós e que esse é um poder simples.
Ele não precisa ter um concílio reunido para se fazer instituir (no mal sentido), não precisa eleger presbíteros, diáconos, coisa nenhuma. Este grupo que está aqui pode virar uma porcaria se vocês quiserem. Sem eleger ninguém. Basta um coração se sentir superior, basta o cara achar que é dono de alguma coisa, basta alguém se sentir dono da casa, por pedigree, por histórico, um ser mais importante dos que os que forem chegando e basta que a minha vontade seja instituída como mandamento divino.
Eu estou me referindo àquelas tentativas de ir fazendo pequenas leis que não são da palavra, que a gente vai chamando de sabedoria de início; depois muda: "É o nosso costume", depois vai para: "É o nosso modo de ser." Depois, quando os que começaram já não estão, a gente diz: "Não era assim que se fazia!" ou "Não podemos mudar como era", "Se mudar nós perderemos a nossa identidade". Como se eu tivesse perdido a minha identidade porque eu não sou igual ao meu pai.
Geração após geração o que se quer é que novas identidades apareçam, e não que se haja uma clonagem ou repetição das coisas debaixo do sol. Nem o sol se repete, nem o por do sol é o mesmo, nem a lua, que é redonda e nunca apareceu triangular, toda vez que chega.
Agora nós temos essa fixação que é fruto da nossa insegurança, de tentar fazer com que algo bom do momento de hoje se cristalize, se engesse, para se tornar definitivo para sempre. Aí a catástrofe se institui e começa com um mover espiritual do coração de alguns, às vezes de alguém, ou quando se transforma numa coisa que recebeu adesão de um número maior, vira movimento.
Aí depois que esse movimento anda um pouquinho mais, ele começa a se institucionalizar, nesse processo que eu citei aqui, com a gente dizendo: "Nós é que sabemos, nós é que marcamos."
É a coisa do xixi do leão, que marca o território, e a institucionalização vai sendo feita da fixação dessa mentalidade, até que o mover vira um movimento e o movimento vira uma instituição que acaba transformando aquilo numa coisa que depois de alguns anos vira um mausoléu.
Concluindo a resposta:
Nenhum de nós tem o poder pessoal de decidir quantas gerações à mais nós vamos servir na vida.
Se porventura o que eu fiz até agora na minha vida e o que eu registrei das coisas que eu creio, vejo e sinto, se tornarem coisas importantes depois que eu não estiver mais aqui, e atingirem outras gerações, sinceramente falando, é um problema de Deus, porque eu não estarei aqui para saber.
Então não é uma questão para o cara que já foi, e sim uma decisão divina, fazer com que aquilo que numa geração não tenha sido compreendido, somente uma outra lá na frente venha a ter mente suficiente para discernir o que está sendo dito naquela hora e os contemporâneos não estão compreendendo.
Voltando, usando o exemplo que eu dei, de que nem mesmo se porventura alguma coisa do que eu fiz, disse, registrei ou escrevi, virá a ser algo com significado para as outras gerações, que faça bem a outras gerações. Aleluia! Mas eu não estou aqui visando isso e não posso viver de um futuro inexistente.
O único momento que me interessa e ao qual eu ministro é este. A geração que me concerne não é a que virá, é a que está!
Assim como nestes 32 anos pregando a palavra, eu já vi muitas gerações mudarem. Pois, quando eu me converti a geração cristã era uma, 10 anos depois era outra, 10 anos depois era outra ainda.
Hoje, todo dia eu encontro gente que se converteu de 1998 para cá, quando eu parei de pregar na grande mídia, e que nunca me viu na vida; o que para alguém que viveu os 30 anos anteriores é quase que inconcebível: "Mas você não conhece esse cara?" Como se ficasse alguma coisa perpetuada ali, um holograma caiofabiano viajando pelo espaço... (Como se para) todo evangélico que se convertesse agora, chegasse aquele grilo falante dizendo: "Oi, eu sou o Caio! Não estou mais aqui, mas já estive, viu!"
Não existe isso. Cada um marca sua hora e o tempo.
Então o compromisso do "Caminho da Graça" não é com a insconstitucionalização dele, jamais. O compromisso do "Caminho da Graça" é com a geração dele hoje.
Mas sem nenhuma fobia institucional, porque o institucional é essencial. Ninguém paga água sem o institucional, ninguém paga luz, ninguém recebe dinheiro sem o institucional. Senão, vira tudo pessoal, a casa da mãe Joana.
Então, para ser algo sério tem que ser institucional. Não pode ser a igreja do Caio, do Marcelo. Quem vai assumir isso não tem que ser dois compadres que decidem como as coisas acontecem.
Para ser legal (legalizado), tem que ser instituição. Para poder ser legal, para ser auditável, para ser comunitário, para ser de todos conforme a constituição do momento e do tempo histórico do qual nós vivemos.
Mas até aí tudo bem, porque eu tenho CPF, RG, título de eleitor, atestado de reservista, certidão de casamento, passaporte, toda essa porcaria e continuo não-institucional.
Eu sou eu todo dia.
Isso aqui (passaporte) me serve para mostrar para um guarda na fronteira. Passei a fronteira, entro num lugar que me convêm e boto ela no bolso que é o lugar dela, e sento em cima.
O cara que viaja a primeira vez fica mostrando: Olha! Esse é o meu passaporte!
No meu caso, esse é o meu 10º passaporte, não tem onde botar carimbo nessa droga. Agora tem gente que se pudesse, colocava o passaporte com todas as estampas na testa para todo mundo ver.
Esse cara É a Instituição, porque ele não existe do momento, ele existe é da acumulação das supostas conquistas passadas que são dele e tem que ficar estatificadas, tem que virar coroa, vitrine, aquariozinho das memórias de Deus.
Então, em resumo, só não ficará institucionalizado se eles não virarem uns BABACAS! Mas se embabacarem, já era!
Mas se mantiverem a alma no Evangelho, a consciência simples, andando no Senhor Jesus, tratando uns aos outros como irmãos, sem se impor uns aos outros, sem evocarem pedigree, sem dizer: "eu cheguei aqui primeiro, sem fazer conta de entrada nem de saída, sem ficar auditando uns aos outros, sem ficar fiscalizando uns aos outros, sem ficar impondo suas próprias decisões pessoais e particulares como sendo leis comunitárias para o outro.
Se isso não acontecer não tem perigo nenhum! E se mantiverem-se atualizadas e crescer, se tiverem o software da graça e do amor, rodando na mente e no coração, e a palavra eterna aqui na mente-coração, toda nova geração vai saber fazer atualização com a propriedade pertinente para servir a própria geração.
Se depois que a gente partir, surgirem uns idiotas, e puserem uma placa lá na frente dizendo:
"Caminho da Graça" – Primeiro Movimento da Grande Reforma Anti-Reformada", " Estação Primeira de um Pingo (de Mangueira) de Santos" ou "Estação Segunda da Catedral de Brasília..."
Aí, me desculpe, pelo amor de Deus, irmãos, acho que antes da ressurreição, eu levanto dos mortos para embolachar esses tais!
Caio
"Não quero que ninguém pense de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve!" ·
Apóstolo Paulo (2 Cor 12.6b)
Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fôssemos de ferro.
Sigmund Freud
Quando o pessoal do Caminho se encontra, considero absolutamente estratégico desenvolver Mensagens que aprofundem em nós a consciência do Evangelho de Jesus, de modo que, o Espírito da Verdade, que nos guia a toda verdade, possa iluminar a todos, des-vendando dentro de cada um o Conhecimento da Graça, que é experiência existencial, psicológica e espiritual, e não uma doutrina, uma tese ou uma teologia.
Aqui em Santos, nós mal nos conhecemos – é tudo muito incipiente. E eu pouco sei da etapa que cada um se encontra em relação à absorção do Evangelho. O que pregar a cada Domingo, então?
Enquanto me arrumava para ir ao Caminho, institui para mim uma referência, um guia para me orientar, para me balizar em relação aos nossos objetivos no Ensino.
Ganhei a convicção de que subo naquele humilde púlpito com duas únicas intenções:
1) Ajudar aos CRENTES a se tornarem GENTE!
2) Ajudar as GENTES a se tornarem CRENTES!
Eu sei que é uma síntese simplória demais. E sei que para alguns parece chocante e presunçoso tal desejo feito oração e pregação.
Não digo que isso é tudo, mas me parece ser a minha parte. Negar tal necessidade é fugir do óbvio; ela é tão evidente, que julgo ser propício tal ênfase. Eu peço, portanto, sua atenção ao raciocínio transcrito abaixo.
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1) Ajudar aos CRENTES a se tornarem GENTE!
Puxa, creiam-me: os evangélicos precisam ser 'humanizados'. Estou certo de que assim feitos, Deus haveria de ser cada vez mais redundantemente Divino em cada cristão!
Hoje a maioria das pessoas se convertem à "igreja", não a Cristo!
É por esta razão que os conteúdos do Evangelho da Graça estão tão adulterados no Cristianismo. E pior: Parecemos não enxergar a caricaturização de Jesus que nos é proposta dos púlpitos. É um Jesus de terceira mão que a maior parte dos crentes segue. "O Jesus que nos foi apresentado é um 'composer' do Jesus da 'igreja', o qual é moldado para ficar 'parecido' com o grupo religioso que se pertence ... e é uma fabricação feita para validar as teses do grupo" - segundo o Caio.
E tal "Jesus" não faz nada de bom ou de mal que qualquer outro condicionamento mental também não realize.
Hoje, na igreja evangélica, primeiro o indivíduo tem que ser salvo do "Jesus inventado"... primeiro precisa ser salvo do Jesus dos Evangélicos para, então, conhecer o Jesus do Evangelho.
De modo que, o primeiro alvo da pregação (CRENTE EM GENTE) tem relação com aquilo que se percebe na maioria dos cristãos: uma profunda descaracterização da individualidade de pessoas que se submeteram aos mais malucos sistemas religiosos de aprisionamento d´alma e do espírito.
O pessoal fica todo enquadrado, maquiado, mascarado, robotizado, oprimido e, tragicamente, tudo em nome de Jesus – fingindo ter compreendido o que significa Vida em Abundância, enquanto também se camufla:
a tristeza que se carrega com sorriso forçado e com a adrenalina cultual,
o amargor com que se deita e levanta, com palavras de guerra;
e o desamor para com o próximo com plásticas de comunhão na hora do culto!
Não é assim? Ora, onde não é assim, está feita a exceção!
O que os cristãos precisam saber é que Não há melhor lugar para conhecer nossa própria verdade, senão no solo seguro da Graça de Deus, onde não há mais condenação para os que estão em Cristo Jesus! Há somente aceitação e renovação! Primeiro se percebe tal qual se é; depois o Espírito promove seus frutos em nós, enchendo a vida de paz, alegria e amor.
Mas, paradoxalmente, os crentes têm medo de se enxergar como gente. O pastor Caio diz que desse ponto em diante, a maioria dos cristãos "confunde descanso e pacificação com vagabundagem existencial. Crescer em entendimento e experiência da Graça de Deus na presente existência, demanda de nós esforço, compromisso, e busca disciplinada de desenvolvimento interior, e que é fruto de auto-exame, e de auto-discernimento, tarefa que seria insuportável sem um coração pacificado pela Graça."
Então, para corresponder o quanto antes à norma massificada, as pessoas artificializam o agir de Deus, operando em si mesmas uma 'transformação de ocasião', uma conversão para fins eclesiásticos, uma supressão de tudo que choca a religião, uma espiritualidade 'de fachada', mas compatível com a média comunitária.
Essa falsificação do lavar regenerador e renovador do Espírito dá conta de instituir mudanças para fora do ser, exclusivamente comportamentalista, baseadas no fazer e mensuradas pelo desempenho, sem seu correspondente interior de crescimento na Graça e na Verdade. É a figueira sem frutos, mas adornada de folhagens, que camuflam a nudez própria do outono da vida.
No entanto, quando o cidadão se percebe assim, tendo Deus – em Sua misericórdia – permitido que ele caísse em si e, finalmente, olhasse para dentro, então o que acontece é que ele não se reconhece, e se assusta, se escandaliza, se choca, se culpa, se penitencia! Não sabe porque "depois de tanto tempo de evangelho" o que habita seu interior são as mesmas raivas, angústias e escravidões de outrora, mas agora travestidas de 'santidade exterior'; existem os mesmos bichos vociferando rancores e preconceitos, só que agora legitimados pela interpretação adaptada da Bíblia, que nos dá a entender que somos seres superiores, triunfalistas, uma raça cheia de méritos em ser santa, um povo que se "acha!" por ser designado de propriedade exclusiva de Deus, sem qualquer compreensão que, em havendo tal eleição, ela é fruto de pura Graça, é anterior a nós mesmos, sendo anterior a qualquer coisa que tenhamos feito ou deixado de fazer, é anterior, inclusive, ao nosso próprio nascimento. Aliás, essa coisa toda é desígnio de Deus desde antes da fundação do mundo, quando o Cordeiro foi imolado para redenção de todo ser criado.
Quanto a mim, não carrego ilusões... não estou esperando ninguém virar anjo, ninguém levitar a 10 cm do chão, ninguém ser levado pela carruagem de fogo da santidade que já não consegue viver no mundo. Ao contrário, posso afirmar que meu esforço pessoal é na tentativa de não me chocar com mais nada, posto que não há nada que você tenha feito que, ao menos em potencial, não exista em mim também.
Gente é gente!
Diante disso, fica aqui declarado: Está suspenso o meu direito de me escandalizar com o que quer que seja verdade sobre você. Prefiro caminhar com você a partir de suas lutas e temores do que fingirmos que não trazemos essas coisas embutidas no cerne de nossas tribulações e dramas de vida.
Não lido com robôs, nem com super-crentes ufanistas, nem me interesso por comportamentos performáticos só para me dar a sensação de que tudo está sob controle na comunidade dos crentes "sob minha supervisão".
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E quanto aos não-cristãos?
O que significa 2) Ajudar as GENTES a se tornarem CRENTES?
Ora, a última coisa que eu desejaria aqui era propor que alguém, em se fazendo crente, deixasse de ser gente, repetindo o ciclo acima exposto.
Não precisa ser evangélico para ser gente do Evangelho.
No Caminho da Graça ninguém vai simplesmente virar evangélico.
Não.
Não lhes farei se submeter a minha própria cultura religiosa,
Não os julgarei e não lhes direi palavra acerca da necessidade de manter a boa reputação do Caminho, posto que nem Jesus se preocupou com isso;
Não lhes imporei o tutelamento das listas sagradas dos evangélicos, nem me utilizarei da Ceia do Senhor como instrumento de punição e disciplina.
Não lhes porei um peso às costas que perverta a experiência do "jugo leve e fardo suave" do Senhorio de Cristo sobre eles;
Não lhes 'negarei' as coisas lícitas, nem sou criança para estimular liberdades que são pré-fabricadas para chocar e "colocar pedra de tropeço ou obstáculos no caminho do irmão" (aliás, isso é coisa de crente que pensa que conhece a Graça);
Mas, não se enganem comigo, não lhes proibirei a bebida, o cigarro, a música, a dança, as festas, os namoros com 'não-crentes', o divórcio, o casamento sem papel passado, mas sempre e insistentemente devo adverti-los e exortar a todos contra a embriaguez, a 'des-edificação', a dissolução, a infidelidade, as "desavenças e invejas", os extremos, os prazeres perversos e a inconveniência para vida. Mesmo assim, não decidirei nada por ninguém – só corrigindo com brandura os mais fracos, oferecendo conselhos, caminhos e opções compatíveis com o espírito da Palavra.
Não lhes ensinarei – conforme aprendi – a coar os mosquitos e engolir os camelos!
Se a transformação é uma porta que só se abre por dentro, então não serei eu a arrombá-la!
Longe de mim!
Em suma, o que eu quero dizer é o seguinte: Em se considerando que os cristãos têm se comportado como o filho mais velho da parábola, assumi-se o fato de que Deus tem muitos filhos mais novos por aí, em lugares existenciais distantes da Casa do Pai... muita gente...Gente que não sabe que é filho... ou que, em sendo filho, optou por viver independente de Deus, marginalizado do amor do Pai, longe da sombra do pertencimento, e em sendo assim, entregues a si mesmos, às torpezas e dissoluções, que cada vez mais entortam e diluem o ser, e nos colocam em descaminhos vários até o ponto de uma existência medíocre, alimentada com a lavagem dos porcos, em estado de perdição, sem sentido para a vida, sem saber de onde vem e para onde vai, sem esperança, sem horizonte, sem nada que garanta um significado para vida além da satisfação dos instintos primais e dos elementos de sobrevivência diária.
O dia que esse pessoal descobrir o Evangelho, tudo muda! Quando aceitarem por Fé que Jesus Cristo é Senhor, quando confessarem com a boca e crerem com o coração, então há o Novo Nascimento... O dia que eles souberem que o amor de Deus permanece intocável, que o Caminho de volta está aberto, que há perdão disponível "para o mais vil pecador", que o Pai os recebe em festa, que se pode ser achado, que se pode reviver para Deus, então... Ah! Então as coisas velhas passam! Tudo se faz novo! Surge uma nova criatura! E agora tudo que se é, se é em Cristo, posto que em Cristo se está para sempre.
Essa é a Boa Nova: Deus já está reconciliado com o mundo, não imputando aos homens suas transgressões! Louvado seja seu Nome! Cabe-nos aceitar a reconciliação proposta na Cruz, e viver a esperança proposta na Ressurreição, com temor e tremor diante Dele.
É isso: crente em gente, gente em crente! Simples assim...
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E nós, a gente-crente do Caminho?
Ora, Deus nos fez agentes dessa Reconciliação, como se por nós Deus estivesse rogando ao mundo e a igreja que se reconcilie com Ele, afim de receber nessa vida ainda os benefícios do Evangelho de Cristo, que é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, e depois do gentio! Um e outro! Ambos! O evangélico e o não-evangélico, o crente e o 'mundano', o cristão e o ateu.
Não é uma pregação de superioridade triunfalista, de donos da verdade, de gente soberba. Ao contrário, "evangelizar é um faminto dizer para o outro faminto que encontrou a Casa do Pão!"
E é isso que, a priori, estamos fazendo nas reuniões para encontro e pregação da Palavra, sob o emblema do Caminho da Graça.
E em falar nisso, não custa novamente destacar:
O Caminho da Graça não é o Caminho da Graça. (Eita!)
Verdade!
O Caminho da Graça não é o que se faz dentro de quatro paredes (onde os cristãos gostam de se sentirem cristãos).
O Caminho da Graça se faz na vida, em Jesus, com Jesus e por Jesus. Ele é o Caminho, e toda manifestação Dele em nós é AMOR ao PRÓXIMO!
Já o lugar que carrega esse nome é só uma Estação, uma parada, um posto de abastecimento, um lugar para ministração comunitária da Palavra, da Adoração, da Mesa do Senhor, dos dons ministeriais, das curas e dos depoimentos que fortalecem a fé de quem caminha.
De forma que, somos todos Embaixadores de Deus e Ministros da Reconciliação
no meio do mundo,
às portas do inferno,
debaixo do sol,
no trabalho,
na escola,
na esquina,
em casa
e em todo lugar onde estiver gente que é Sal da Terra e Luz do Mundo em Cristo.
E sem Ele nada podemos fazer, visto que nem o melhor de nós tem brilho próprio, mas gravita ao redor da Estrela da Manhã, que "ao ser erguida (levantada), atraiu todos a Si", com o magnetismo irresistível de Seu amor incondicional.
Somos, portanto, devedores a homens, mulheres, adolescentes e jovens de todas as tribos,
prostitutas, homossexuais, bissexuais e transexuais,
fiscais de tributos, empresários, motoboys, políticos e donas de casa,
ateus, católicos, espíritas e esotéricos,
ricos e pobres, intelectuais e broncos,
casados, descasados, solteiros, amasiados, juntados, separados, divorciados, viúvos...
E a todos quantos se encontram carecidos da Glória de Deus porque não conhecem em seus corações a conversão que o Evangelho realiza por meio da fé, através da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo – único mediador entre Deus e os homens, que a todos convidou dizendo:
"Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Aprendei de mim, que Sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas."
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Sei que alguns identificaram nas entrelinhas um liberalismo herético e outros, nas mesmas entrelinhas, detectaram um moralismo velado.
Paciência...
Outra coisa não quero!
Sigo fascinado com o poder de restauração do Evangelho: depois que você aprende a ser gente, nunca mais volta atrás! Depois que se abandona a síndrome do desempenho para conquistar amores condicionados, ser um ser humano cai muito bem em nós, e vivemos em gratidão Aquele que, ao nos converter para Si, nos devolveu para nós mesmos, agora livres de si mesmos. Somos devolvidos para a vida livres
de instintos dominantes,
das pulsões sufocantes,
das libertinagens da insegurança,
da embriaguez como refúgio,
do legalismo como justiça-própria,
até da 'oração' como ansiedade,
do consumismo anestesiante,
e também do medo, do pavor, do cansaço de existir,
da falta de sentido, do excesso de sensações,
da insatisfação gerada pelos prazeres desenfreados,
do ascetismo orgulhoso, da retórica vazia, do academicismo
das encenações religiosas, das complicações eclesiásticas, da vontade de mandar, de controlar e de ser controlado!
"Eu vos aliviarei..."
Ai que bom ser gente!
Na mesma Graça,
Marcelo Quintela
Creio de todo coração que Deus está preparando uma coisa estranha. Sinto que está às portas. E não tardará. E o que sinto? De fato, me vem à alma o cheiro de uma chuva, de um vento molhado, de terra umedecida, de sementes mortas se abrindo, de velhos sonhos sendo ressuscitados, de primeiros amores retornando, de velhos sonhos sendo ressucitados, de vontade de amor e amizade, de disposição de viver com alegria, de temor e reverencia voltando, de amor e liberdade se abraçando em justiça e bondade, de alegria no falar a Palavra a outros, e, também, um fartura de criatividade no comunicar a Palavra a todos, desde a oportunidade de fazê-lo seguindo o bom senso, até a compulsão de gente que pára alguém na rua e, seguindo um apelo do coração, pede para orar com a pessoa, e, depois, a vê sair dizendo: "Você foi um anjo que Deus mandou hoje".
Tenho visto e sabido estas coisas tanto no convívio com irmãos-amigos de Brasília, como também através dos milhares que me escrevem todos os meses. Sou "rodado"; mas desde os tempos em que a Igreja em Manaus era como a de Éfeso, na década de 70, que não experimento tanta alegria em pastorear; ou, na linguagem mais leve do Caminho, mentoriar os companheiros de jornada, como um irmão mais velho e experiente.
Ontem, por exemplo, escrevi para alguns líderes do Caminho da Graça, pedindo a eles que recebessem um irmão, e que entendessem as razões pelas quais eu estava retirando uma pessoa da mentoria de uma das Estações. No primeiro tema, senti aquela liberdade que não se tem em presbitério algum; e, no segundo tema, chato, senti que falava em amor e com pessoas que recebiam em amor, e que sabiam que era, sobretudo, para a cura da pessoa em questão, e não para sua descartabilidade. Coisa também que não existe nos concílios da religião.
Aqui transcrevo o texto acima mencionado:
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Queridos amigos (quatro pessoas)
Faço aqui um pedido, talvez dois.
Que recebam o (...) entre os Mentores do Caminho com todo amor, carinho e consideração, como a mim mesmo; pois, pediria isto para todos e cada um de vocês, se a posição fosse invertida.
Ele é puro de coração. Completamente. Às vezes um sábio. Às vezes um poeta. Muitas vezes um pastorzão. Quase sempre um "Forestt Gump" da bondade semi-louca que dá certo sempre; pois o coração anda em amor. Ou seja: ele sabe o que é o amor.
Mas sinto que ele ficou retraído em razão de uma discussão numa das salas virtuais do Caminho. O fato de alguém ter dito na reunião que o que se pudesse resolver lá não se trouxesse a mim, o deixou preocupado e sem graça (pois ele reporta tudo a mim). E apreciaria que qualquer um de vocês fizessem o mesmo quando necessário. Não preciso ser informado de tudo, mas tenho que saber o que está acontecendo. E, naquele contexto, achei importante e necessário a intervenção dele a mim reportada. Assim, por favor, dêem uma abraçada nele com todo amor. Pois é um homem de alma pura e rara. Eu teria coragem de enviá-lo a qualquer lugar, não necessariamente para expressar 'o quê' e 'como' penso na 'totalidade'. Mas não hesitaria em enviá-lo a fim de representar meu coração em qualquer lugar. Pois ele entendeu meu próprio coração. E ama o Evangelho.
Outra coisa é que a decisão em relação ao (... irmão ...) foi forçada por situações verificadas por mim "in loco". Não ouço outra coisa, e de muitos. Por fim, o fulano (...amigo...), que é cabeça fresca, e muito me ajuda (e que é amigo de verdade do irmão em questão), me pediu hoje que tomasse providencia urgente; pois, (o irmão ...) está prejudicando muito o trabalho em razão de um modo de se conduzir com as mulheres, e que em geral fere o espírito do Evangelho; e, portanto, fere o espírito "dos do Caminho". E há muita gente querendo se reunir, mas com ele, em razão dessas coisas, não querem. Pedi a (irmã-psicológa) que o acompanhe com ajuda psicoterápica e espiritual, já que ela tem boa relação com ele; e ele confia nela; e ela o saca bem; e. por isto, o tratará com todo amor e discernimento, a fim de que possamos ajudá-lo. Amanhã conversarei com ele pessoalmente. Amo-o. E é em amor que as coisas serão conduzidas, se ele desejar, como creio que sim.
O mais, vamos adiante; pois muitas são as chuvas de Graça que nos aguardam.
Nele,
Caio
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Continuando...
Ora, estamos vivendo agora no Caminho da Graça aquele tempo inevitável, ainda que prematuro, no qual os "empolgados" estão sentindo que a coisa é séria, e que não vim pra brincar disso.
A Graça não é Graxa!
Mas o amor é o Dogma de tudo!
De fato, o que acontece é que muitos já entenderam com a cabeça, mas as emoções ainda estão viciadas na religião; em suas manhas, seus truques, suas ambições, suas disputas e suas malandragens. O que levaria, todavia, anos pra ser identificado sob os disfarces da "igreja", no Caminho, pela transparência e busca de verdade e saúde, logo se manifesta. Então a pessoa, se estiver liderando algo, tem que se decidir pelo Clube Religioso ou pelo Caminho e seu andar leve, espontâneo, e privilegiador da bondade, e não de performances; e muito menos de disputas.
Sei que de vez em quando será assim. Mas não negociaremos com o espírito do Evangelho, tanto no trato em amor (e somente quando for algo que afete a outros), como também na liberdade de deixar cada um se encontrar, com Deus, a seu tempo (sem qualquer intervenção, mas apenas quando solicitada).
O que importa é seguir a verdade em amor a partir de si mesmo. E entre nós buscamos que não haja julgamentos morais, mas apenas discernimentos espirituais. Entretanto, quando alguém vitupera a consciência dos cordeirinhos, ou defrauda alguém usando "o poder de ascendência", esse é afastado; pois, o Evangelho não é poder para a sedução, mas para a salvação de todo aquele que crê. Para Paulo, heresia era relativizar a Cruz e a Ressurreição; bem como entrar em casa de gente carente e seduzí-las, usando o Evangelho como disfarce. Ou usar o Evangelho para extorquir. Além disso, para Jesus, heresia era impedir que qualquer pessoa viesse a Ele. O mais é comentário. Já disciplina era todo o processo de aperfeiçoar um discípulo. Disciplina é o modo do discípulo. E, antes de homens, quem faz isto é Deus mesmo, na vida e no caminho.
As chuvas vêm também dessa vivência em amor e verdade. O Espírito de Deus é quem faz isto; e é Ele quem se derrama fomentando a cura pela verdade em amor.
Ninguém se mete na vida pessoal de ninguém (a menos que solicitado), e todos são estimulados a viverem seus dons na vida, sem a "síndrome do dom de igreja". Qualquer discípulo pode batizar, dar a ceia, e fazer tudo aquilo que antes se chamava de "atos pastorais". Semanas atrás, lá em casa, após uma reunião, minha filha Bruna me pediu para eu participar, juntamente com a Adriana, de um batismo que uma amiga dela, realizaria sobre outra amiga, a qual, havia sido levada a Cristo pela primeira. Lindo. Emocionante. Libertador. Adulto como o Novo Testamento.
Submissão aos "Guias" (na linguagem de Hebreus) ou aos Pastores (na linguagem de Pedro) é fruto do reconhecimento da sabedoria e do conhecimento na Palavra, e que se faça acompanhar de saúde, respeito, reverencia e mansidão por todo aquele que anda adiante mostrando o Caminho.
Livre, mas não libertino. Solto, mas não largado. Amigo, mas não bandido. Inclusivo, mas não às custas do inclusivismo faccioso. Sem estatutos, porém sob a lei do amor. Sem papas humanos, mas com orientação a ser sem barganha com o Evangelho. É assim que temos tentado andar no Caminho da Graça. E há muito a percorrer. Mas jamais desistiremos. Ele é o nosso Guia.
Os resultados humanos e de crescimento espiritual nas dezenas de Estações do Caminho, e nos milhares de ínfimos grupos que espontaneamente se reúnem em torno do site e da radio do site, são maravilhosos. E os números de acesso no site, no Brasil e no mundo todo, não param de crescer, aos milhares, todas as semanas. Sinto, mesmo daqui, que há um espírito de amor e vontade de andar com Deus sendo renovados e varrendo muitos corações. Agora é tempo de botar a cara para fora e, com ousadia e amor, anunciar o Evangelho; simples; sem afetamentos; sem performaticidades; porém sem temor de impor as mãos sobre os doentes, de expulsar demônios, de tratar de lunáticos, esquizofrênicos, neuróticos, paranóicos, surtados; e de abraçar os sujos pelas imundícies da moral religiosa. Sim! Sobretudo é hora de bradar para dentro de todas as portas do inferno. E algumas delas têm cara de portão de templo. Chegou a hora!
Quem ainda não ficou cínico. Quem ainda crê e sonha. Quem ainda não desistiu. Quem ainda diz: "Eu quero ver com meus olhos e sentir em meu coração" -- prepare-se; pois, há tempos novos chegando.
Esta é uma palavra para todos os do Caminho da Graça, e para todos os da Graça no Caminho!
E fica aqui meu pedido aos irmãos, no Brasil e em qualquer lugar da Terra, no sentido de que criem grupos em casa; e se o fizerem no espírito do Evangelho conforme ensino, peço que ouçam a rádio do site e leiam os textos; pois, por tais meios, conferidos sempre com a Palavra, uma revolução pode acontecer em toda Terra, e não somente em nosso país. Mas para isto é preciso se dispor e ter coragem, e, sobretudo, um coração submisso à Palavra.
Assim, quem me leva à sério, preste atenção; e quem tiver comunhão com o que digo, levante-se, tome seu leito de comodidades ou amarguras religiosas, e ande no espírito do Evangelho; fazendo discípulos de todos os grupos humanos; e ensinado-os a serem seguidores de Jesus, gente boa de Deus entre todos os humanos deste Planeta.
Nele, que é o Senhor do Caminho e de todas as Jornadas,
Caio
3/10/06
Meus amigos querido e viajantes nesse Caminho mais que concreto — embora invisível aos olhos dos que buscam encontrar torres no horizonte como simbolização de Deus e de fé: Graça e Paz com todos!
Tenho importantes informações a dar a todos os que estão desejos de se engajar em algo que poderá fazer toda a diferença, só dependendo de nossa disposição de coração.
Os dias são maus. O mundo perece à vista dos nossos olhos, e a "igreja" encarna o pior das profecias de apostasia feitas no Evangelho (evangelhos, cartas apostólicas e apocalipse).
Não estamos aqui para lamentar enquanto assistimos. Estamos aqui para enfrentar, e com toda coragem, e com a loucura de desejar encher o Brasil e o mundo com a Palavra da Graça do Evangelho de Jesus.
O que precisamos?
1. Ler muito a Palavra, especialmente o Novo Testamento. Pois poucos hoje em dia lêem o Evangelho de cabo a rabo; sem os "guia de estudos" — os quais apenas desguiam a compreensão natural e simples da Palavra.
2. Orar incessantemente, em todo o tempo, no Espírito Santo; sempre com um coração que não busca ser nem o maior, nem o melhor, nem membro do que é verdadeiro, e nem tirano de certezas — mas sim como servos de todos. Porém, sem medo de dizer o que se crê; e menos ainda, temor de "evangelizar" judeus (crentes) e gregos (os de fora) — com as Boas Novas do Evangelho. Todos — cristãos e não cristãos — precisam ser evangelizados; no sentido de que precisam conhecer o Evangelho da Graça de Deus; pois, onde mais há Boa Nova?
3. Ler e absorver todo o conteúdo do site, pois, por ele o trabalho de todos fica facilitado; visto que ali estão os conteúdos que aqueles que desejam fazer a jornada com meu auxílio, precisam discernir a fim de que falemos todos a mesma coisa.
4. Participe da Vídeo Conferência (as explicações estão dadas no site, em "Destaques", acerca de como obter a senha de acesso) e da Rádio Conferência — tudo no site. Mudamos o dia da Conferência atendendo a solicitação da maioria. Agora será ÀS QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS. Por favor, não se equivoquem.
5. A Vídeo Conferência tem suas complexidades técnicas para que se a assista. Mas a Rádio Conferência é simples; pois basta sintonizar a Radio do site e ouvir.
6. Reúna amigos e conhecidos; seja em torno do Vídeo ou da Rádio; e crie um grupo de participação. Via Rádio é de graça. O importante é que você, desejando ou não iniciar uma Estação do Caminho, participe assim mesmo.
7. Não seja mais passivo. Agora é hora de atacar. De agir. De sair. De convidar a todos, até pelos becos. Seja corajoso e pregue. Chega de ficar encolhido.
8. Gostaria muito que pessoas que lêem o site em vários países, também convidassem os amigos e participassem conosco, criando grupos informais.
Além de tudo, para quem tem liberdade de tempo aos domingos, estimulo a audiência das reuniões do Caminho da Graça em Brasília, e que são transmitidas ao vivo pela Radio do Site.
Quem tiver me levado à sério até aqui, saiba: agora é hora de mostrar!
O tempo da reflexão passiva acabou. Agora teremos que refletir enquanto andamos com pressa no Caminho, conforme Lc 10. E sem peso a levar!
Para maiores informações, escreva para atendimento@caiofabio.com ou pelo fone (61) 9978-4624. As perguntas são encaminhadas para o e-mail videoconferencia@caiofabio.com
Você falará com o Edvaldo, que é o Mentor de Operações de todas essas coisas técnicas!
Aguardo a todos!
Agora é a hora de mostrar que treino é treino e jogo é jogo! — pra não perdermos a inspiração da Copa!
Nele, que nos fez estar vivos neste tempo DIFERENTE,
Caio
24/06/06