Fortalecendo as lembranças de Fortaleza - Parte I
21 maio 2008
Gente querida, pretendo sintetizar, conforme meu próprio entendimento e lembrança de tudo, as ênfases levantadas no Encontro Nacional do Caminho da Graça em Fortaleza (CE) - 2008:
I - Do Caminho da Graça e seus "inimigos" - A Síndrome de Jonas
II - Do Caminho da Graça e seus "amigos" - Do Salmo 137 ao 133: Um difícil caminho!
III - O que de melhor o Caminho pode produzir?
IV - Um novo tempo, apesar dos pesares...
Convido-os à reflexão...Abaixo, o primeiro deles.
DO CAMINHO DA GRAÇA E SEUS "INIMIGOS" - A Síndrome de Jonas
Passados esses três anos iniciais - onde o Caminho da Graça se estabeleceu como um "testemunho", um pólo divulgador do Evangelho, um foco de disseminação da Mensagem a partir do site, dos materiais de mídia e literatura, e por meio das suas Estações, núcleos comunitários terapêuticos de ensino e estímulo à convivência fraterna e à troca de dons - hoje novos contextos surgem em resposta ao Movimento.
À medida que a Mensagem apregoada tem se expandido e encontrado eco para todo lado, tanto rendições sinceras a ela como fortes oposições têm ocorrido nos últimos tempos. E a maioria das acusações e beligerâncias antes direcionadas mais especialmente para a pessoa e o ministério de Caio Fábio, hoje, por outra lado, crescem na direção de todo o "Caminho da Graça", agora que, tendo partido de um portal virtual, Deus providenciou um Caminho real e historicamente visível.
Daí, então, que do Caminho da Graça se ouvem e se ouvirão cada vez mais muitas histórias e estórias (a maioria delas coisas que nem nós sabíamos, aliás!). A leviandade com que tudo é dito e articulado tem a óbvia intenção de calar os mensageiros e silenciar a Mensagem, que provoca o status operandi da cultura cristã estabelecida, bastando para fazê-lo que simplesmente se pregue o Evangelho conforme Ele é!
Bom, toda essa conjuntura ora apresentada, pode perverter o espírito da caminhada, pois tal caminhada não implica de modo algum em gastar-se na dinâmica do revide e da refutação, e nem em formas de proteção à reputação. Daí a necessidade de muito cuidado com o coração, pois ninguém fará mal ao Caminho da Graça a não ser nós mesmos, se formos tomados pela Síndrome de Jonas, o profeta.
Senão, vejam:
Posições ideológicas, embates constantes, melindres diante de acusações e tolices, inimizades em acentuamento, beligerâncias abertas, antipatias crônicas, traumas histórico-institucionais, memórias de amargura nas relações fraternas de outrora podem nos levar para um caminho contrário ao Chamado, em rota de colisão com o Amor de Deus!
De fato, o "Caminho" quer que a "igreja" experimente arrependimento de sua opulência ninivita, de seu triunfalismo assírio, da ufania de suas riquezas, da opressão que seu domínio exerce sobre mentes conquistadas e do seu pendor para o "imperialismo" institucionalizado.
Mas se seu irmãozinho evangélico se tornar uma espécie de ninivita para você, o Evangelho não foi construído em você e suas defesas denominacionais são maiores que seu Chamado a apregoar à Boa Nova do Reino a todos e em todos os lugares, já que pela Cruz, Ele derrubou os muros de separação, e de todos os povos, fez um!
Sendo mais claro: Se você deseja que a "igreja" se dê mal e "quebre a cara" só para a tua profecia se cumprir, só para você não ser desmentido e seus vaticínios se concretizarem, então, meu caro Jonas-Caminhante, você se encontrará com a força do amor de Deus na direção dos teus "inimigos" e contra você, e as algas se enrolaram em tua cabeça!
E tem mais: Nínive pode ser restaurada e convertida (por essa você não esperava, né?). Entretanto, se os "ninivitas" (qualquer um que, existencialmente, ocupe esse predicado para você) precisarem ser como você para serem de Deus, se eles tiverem que se tornar em "judeus" como você, freqüentarem a sinagoga com você, renegarem sua origem e migrarem para a geografia da tua própria espiritualidade e, enfim, adorar a Deus conforme você, então saiba: Deus converte ninivitas e os mantém em Nínive, sem aculturamentos e sem rendições à Jerusalém! Deus tem misericórdia de ninivitas e você está propenso a só se preocupar com a erva e com a larvinha que a consome, em mediocridade ideológica! Pense a respeito e pare com isso!
Só o que pode impedir de isso aqui virar aquilo que nós odiamos é nossa disposição interior de se questionar sempre e responder com amor, perdão, misericórdia e graça, servindo a todo homem em Cristo.
À Missão!
Marcelo Quintela