O que todos querem é comunhão verdadeira

27 fevereiro 2008

As almas humanas que amam a vida são aquelas que querem comunhão verdadeira e incondicional.

Enquanto o entendimento do espírito não prevalece sobre os instintos e pulsões de nossa animalidade, fica difícil haver comunhão verdadeira.

Além disso, enquanto o aferidor de quem é digno de ser recebido pelos demais for a Lei Moral, tal comunhão será impossível.

Só o amor promove comunhão. Sem amor tem-se ajuntamentos interesseiros, e, quem sabe, alguma fraternidade; ou, egoisticamente, um paliativo para a solidão.

Comunhão é a ciência do Corpo.

Corpo é a explicação da comunhão.

Uns são essenciais, outros são fundamentais, outros são complementares, outros são importantes, outros são para ser cobertos, embora esse véu também honre o fato que é do indecoroso de onde procede vida, conforme Paulo, em I Coríntios 12.

O Corpo não quer saber de quem é a culpa porque o corpo é um só!

Os olhos podem até se negar a ver o próprio pé aberto, com a unha levantada, e o mindinho decepado, mas a mão não foge à tarefa de socorrer, mesmo que o socorro seja fazer o sangue correr menos, fazendo um garrote com os apertos da própria agonia. E, enquanto isto, a boca pede ajuda. E todas as energias se mobilizam para socorrer aquele foco de aflição.

No Corpo não há mais culpa, há acidente.

No Corpo só se corta um membro quando é ele ou, então, será de fato a morte de todo o Corpo.

No Corpo, cortes precipitados, em partes sem gangrena, é morte para o próprio Corpo, pois estará condenado a viver sentindo falta daquele membro.

A felicidade do Corpo é nem mesmo precisar se sentir a si mesmo.

No Corpo, bem estar é estar bem, ao ponto de nem mesmo se sentir o próprio corpo.

Sentir o Corpo sem ser em prazer, dói; seja a dor da própria dor, seja a ausência de sentir, como quando se perde o tato em um membro. Como dói não sentir mais aquilo que a gente sabe que ainda existe!

No Corpo o instinto não é a Lei, é o amor.

Se a Lei do Corpo fosse a Lei, então, o Corpo jamais se socorreria, pois antes de tudo teria que ser achado e sentenciado um culpado.

Mas como a Lei do Corpo é a Lei do Amor, então, todo socorro é instintual, pois o Corpo se trata com Graça.

Isto parece utopia. Todavia, em dias de morte, parece que o Corpo vira corpo e age como tal. O que prova que isto não é uma "utopia". Utopias são inalcançáveis. Mas se a morte pode realizar a suspensão de nossas pequenas leis, por que, então, a Vida não pode alcançar isto?

Meus irmãos, é hora dos ossos secos se levantarem, pois o Espírito está soprando vida sobre nós!

Nós ainda somos um só Corpo!

Nele, que é o Cabeça,


Caio

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