CAMINHO DA GRAÇA – por Jorge Camargo

21 novembro 2007

Eu era um garoto de 20 anos quando participei do Congresso Brasileiro de Evangelização em Minas Gerais, Belo Horizonte.

Foi lá que vi o Caio Fábio pela primeira vez.

Foi um assombro.

Ele encerrou o congresso com uma mensagem arrasadora, centrada na dura realidade social brasileira e em nossa responsabilidade de fazer diferença.

A introdução de sua mensagem foi a canção Carvalhos de Justiça, inspirada em Isaías 61, entoada pelo Josué Rodrigues, e que levou a mim e a todo o ginásio do Mineirinho às lágrimas.

Muitos anos se passaram desde então.

Recentemente, tive a oportunidade de visitar o Caminho da Graça em Brasília a convite do mesmo Caio.

Infelizmente, por razões alheias à sua vontade, ele não estava presente.

Eu, no entanto, tive o enorme prazer de ver que o Caminho não é de uma pessoa.

O Caminho é um caminho, uma vereda, um porta de entrada e de saída, um meio e não um fim.

Tive a grata oportunidade de conhecer gente boa, gente de carne e osso, gente de olhos transparentes que me olhava nos olhos como gente, deixando transparecer a mesma fome, a mesma sede, as mesmas perguntas que me faço, a mesma busca que me consome.

Esses olhos, essas pessoas fizeram com que eu me sentisse em casa, me acolheram, me deram carinho, afeto, falaram coisas boas a meu respeito.

Tudo na mais imperfeita, porém gloriosa humanidade; na leve ordem de quem não quer se deixar enredar nas cordas sempre apertadas da religiosidade vazia. Tudo de coração aberto, um coração do tamanho do mundo, e que bateu no mesmo ritmo, na mesma intensidade que o meu já não tão jovem coração, mas ainda cheio da vida que me é concedida gratuitamente, através das teias misteriosas e delicadas da graça imorredoura e radical que me alcança hoje, me cobre amanhã, e que me acolhe no sempre.

Graça que o caminho não tem outra escolha a não ser anunciar, e que faz com a singeleza e a naturalidade dos que dela são filhos.

A TUA GRAÇA É TUDO


 

A voz do teu perdão me alcança

O teu sorriso irmão é farto

O tom do teu amor ecoa

Em sons de alento e de esperança:

A tua graça em-canto é tudo


 

O dom do teu amor é vida

O teu abraço irmão me acolhe

O giz do teu perdão escreve

Palavras sãs e abençoadas

A tua graça em verso é tudo

Pra mim


 

A tua graça, a tua graça,

A tua graça é tudo



Jorge Camargo

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